domingo, 30 de maio de 2010


Desconfiai do mais trivial, na aparenciaa singelo, E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceites o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada se deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar. (Bertold Brecht)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

domingo, 9 de maio de 2010


Maravilhoso é conseguir se desconectar do mundo e se conectar com você,
imóvel, no frio, chuva, ventanias, estou sem sentir qualquer incomodo que isso causaria à qualquer indivíduo em seu normal estado
Meu ritmo biológico é evidente, minha frequência cardíaca se estabiliza e posso sentir o ar invadindo meu corpo e sendo expulso constantemente junto com a corrente sanguínea que corre sem parar...
Olho para dentro e ainda consigo perceber cada apoio, cada músculo, cada articulação
e percebo que não penso, que com os olhos aberto não vejo, não escuto ninguém ... me sinto bem, me sinto livre, me sinto anestesiada de qualquer manifestação externa à meu corpo
as longas horas passam rápido, e meu trabalho é finalizado voltando à realidade...
Maravilhoso é saber o que uma estátua pode sentir, maravilhoso é se sentir estátua...

Estátua Viva no Fila Night Run! 8/5/10

domingo, 25 de abril de 2010

"E vc chega cantando o duro e o morno, dançando o frio e o azul, forçando minha cabeça sonhadora a enxergar que nem tudo é puro, que nem tudo é ouro. Mas que do bom pode-se fazer melhor. E do melhor pode-se provar!" Ju yuri

segunda-feira, 19 de abril de 2010

"Ele não resistia as tentações. Ele as desejava." - O Libertino.

domingo, 28 de março de 2010


"A dança e o riso"

A dança e o riso são as melhores portas, as mais naturais, as mais facilmente acessíveis para entrarmos na não-mente. Se você realmente dançar, o pensamento pára. Você dançar sem parar, girando, girando e se tornar um redemoinho - todas as fronteiras, todas as divisões desaparecem. Você nem mesmo sabe onde seu corpo termina e onde a existência começa. Você se dissolve na existência e a existência se dissolve em você.

E se você estiver realmente dançando - não controlando a dança, mas deixando que ela o conduza - se você estiver possuído pela dança, o pensamento pára.

O mesmo acontece com o riso. Se você for possuído pelo riso, o pensamento pára. E se você conhecer alguns momentos de não-mente, esses vislumbres lhe assegurarão muito mais recompensas que irão surgir.

O riso pode ser uma bela introdução a um estado de não-pensamento.

No dia em que o homem se esquecer de rir, no dia em que o homem se esquecer de brincar, no dia em que o homem se esquecer de dançar, ele não será mais um homem; ele terá caído para uma espécie sub-humana. A brincadeira o deixa leve, o amor o deixa leve, o riso lhe dá asas.

Dançando com alegria ele pode tocar as estrelas mais longínquas, pode conhecer o próprio segredo da vida.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Você sabe como eu sou despreocupada
que me encerro neste quarto e me permito
todas as divagações, as fantasias
obsessões, perseguições, todos os dias
você sabe que eu me viro de inventos
que eu me reparto e dou crias
que eu mal me resolvo e me aguento
carrego pedras no bolso
e enfrento ventanias.

Você sabe como eu sou desorientada
raciocínio pelo instinto e cometo
fugas de túnel de ladra de galeria
uso malhas e madras manhas e lenhas
e percorro superfícies
em que você escorregaria.

Mas você sabe como eu sou de subsolos
de subterfúgios, de subversos subliminares
como eu sou de submundos
subterrãneos, de sub-reptícias folias
meio de circo, meio de farsa
ervas, panfletos, fluídos, presságios
quebrantos, jeitos, gírias, reviras
de sensações e cismas, filosofias
de como eu sou de estradas, andanças, pressentimentos
atmosférica e vadia
gato da noite, de crises, guitarras
ouros e danças e circunstâncias
de vinho azedo e companhia.

Que eu sou de todas as misturas
todas as formas e sintonias
e enfrento esse aperto, essas normas
forças, pressões, imposições, o poderio
os intervalos, o silêncio da maioria.

Você sabe de toda minha luta
mesmo quando a intenção silencia
que eu não cedo, não desisto
a todo custo,, a toda faca, a todo risco
eu sobrevivo de paixão e de anarquia.

Você sabe bem de minha fraude
Você conhece as minhas alquimias.