domingo, 28 de fevereiro de 2010

Eu sou os brinquedos que já brinquei, as gírias que já usei, os segredos que guardei, aquele amor atordoado que vivi, aquela conversa séria com alguém, aquelas besteiras que falei... Eu sou a emoção de um sonho realizado, sou o que sinto, sou o que choro... sou a dor de não ter alcançado, sou a impotência de não conseguir mudar, sou força de tentar, sou as alegrias explosivas, sou as aventuras, as paixões, as amizades verdadeiras, sou as músicas que já dancei, sou cada corpo que já vi dançar...
Sou o que fiz, o que penso, o que faço e o que ninguém vê... Mas ainda não sou... estou sendo...

Juliana Y.I

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Libertar, fazer sentir, deixar sonhar, experimentar, ouzar, sangrar, gozar...
E Enquanto professor, eu também sinto, eu também vejo, observo e aprendo a linguagem de cada um e seus sotauqes mais loucos, insanos e tímidos.
Sem limitar corpos e acorrentar almas, sem faze-los corpos dóceis, arquitetados e construídos por métodos disciplinares os quais Foucault trata em Vigiar e Punir.
E esse corpo condenado cresce, mas não se desenvolver em sua forma natural e única, mas de uma forma planejada e limitada de ser, conhecer, exercer e ouvir quaisquer vontades que seu corpo lhe pede.
Mas quando esse corpo grita mais alto, quando ele suplica, implora... ele se liberta e vive, ele rí, ele chora, ele dança, sem medo e preconceitos, mas com vontades, com paixão, com loucura, sem limites e interage com outros corpos que na energia explodem e contagia.
É esse o enorme universo da dança, o qual até pensamos que não conhecemos, mas está dentro de nós... as vezes em galáxias distantes, mas sempre presente. E o papel do professor é dar início a essa descoberta para que então cada corpo possa dançar sua própria música.

Juliana Y

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

"A alma dos diferentes é feita de uma luz além.
Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os poucos capazes de os sentir e entender.
Nessas moradas estão tesouros da ternura humana dos quais só os diferentes são capazes. Não mexa com o amor de um diferente.
A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois".
(Artur da Tavola)