
domingo, 25 de abril de 2010
domingo, 28 de março de 2010

"A dança e o riso"
A dança e o riso são as melhores portas, as mais naturais, as mais facilmente acessíveis para entrarmos na não-mente. Se você realmente dançar, o pensamento pára. Você dançar sem parar, girando, girando e se tornar um redemoinho - todas as fronteiras, todas as divisões desaparecem. Você nem mesmo sabe onde seu corpo termina e onde a existência começa. Você se dissolve na existência e a existência se dissolve em você.
E se você estiver realmente dançando - não controlando a dança, mas deixando que ela o conduza - se você estiver possuído pela dança, o pensamento pára.
O mesmo acontece com o riso. Se você for possuído pelo riso, o pensamento pára. E se você conhecer alguns momentos de não-mente, esses vislumbres lhe assegurarão muito mais recompensas que irão surgir.
O riso pode ser uma bela introdução a um estado de não-pensamento.
No dia em que o homem se esquecer de rir, no dia em que o homem se esquecer de brincar, no dia em que o homem se esquecer de dançar, ele não será mais um homem; ele terá caído para uma espécie sub-humana. A brincadeira o deixa leve, o amor o deixa leve, o riso lhe dá asas.
Dançando com alegria ele pode tocar as estrelas mais longínquas, pode conhecer o próprio segredo da vida.
quarta-feira, 24 de março de 2010

que me encerro neste quarto e me permito
todas as divagações, as fantasias
obsessões, perseguições, todos os dias
você sabe que eu me viro de inventos
que eu me reparto e dou crias
que eu mal me resolvo e me aguento
carrego pedras no bolso
e enfrento ventanias.
Você sabe como eu sou desorientada
raciocínio pelo instinto e cometo
fugas de túnel de ladra de galeria
uso malhas e madras manhas e lenhas
e percorro superfícies
em que você escorregaria.
Mas você sabe como eu sou de subsolos
de subterfúgios, de subversos subliminares
como eu sou de submundos
subterrãneos, de sub-reptícias folias
meio de circo, meio de farsa
ervas, panfletos, fluídos, presságios
quebrantos, jeitos, gírias, reviras
de sensações e cismas, filosofias
de como eu sou de estradas, andanças, pressentimentos
atmosférica e vadia
gato da noite, de crises, guitarras
ouros e danças e circunstâncias
de vinho azedo e companhia.
Que eu sou de todas as misturas
todas as formas e sintonias
e enfrento esse aperto, essas normas
forças, pressões, imposições, o poderio
os intervalos, o silêncio da maioria.
Você sabe de toda minha luta
mesmo quando a intenção silencia
que eu não cedo, não desisto
a todo custo,, a toda faca, a todo risco
eu sobrevivo de paixão e de anarquia.
Você sabe bem de minha fraude
Você conhece as minhas alquimias.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Eu sou os brinquedos que já brinquei, as gírias que já usei, os segredos que guardei, aquele amor atordoado que vivi, aquela conversa séria com alguém, aquelas besteiras que falei... Eu sou a emoção de um sonho realizado, sou o que sinto, sou o que choro... sou a dor de não ter alcançado, sou a impotência de não conseguir mudar, sou força de tentar, sou as alegrias explosivas, sou as aventuras, as paixões, as amizades verdadeiras, sou as músicas que já dancei, sou cada corpo que já vi dançar...
Sou o que fiz, o que penso, o que faço e o que ninguém vê... Mas ainda não sou... estou sendo...
Juliana Y.I
Sou o que fiz, o que penso, o que faço e o que ninguém vê... Mas ainda não sou... estou sendo...
Juliana Y.I
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Libertar, fazer sentir, deixar sonhar, experimentar, ouzar, sangrar, gozar...
E Enquanto professor, eu também sinto, eu também vejo, observo e aprendo a linguagem de cada um e seus sotauqes mais loucos, insanos e tímidos.
Sem limitar corpos e acorrentar almas, sem faze-los corpos dóceis, arquitetados e construídos por métodos disciplinares os quais Foucault trata em Vigiar e Punir.
E esse corpo condenado cresce, mas não se desenvolver em sua forma natural e única, mas de uma forma planejada e limitada de ser, conhecer, exercer e ouvir quaisquer vontades que seu corpo lhe pede.
Mas quando esse corpo grita mais alto, quando ele suplica, implora... ele se liberta e vive, ele rí, ele chora, ele dança, sem medo e preconceitos, mas com vontades, com paixão, com loucura, sem limites e interage com outros corpos que na energia explodem e contagia.
É esse o enorme universo da dança, o qual até pensamos que não conhecemos, mas está dentro de nós... as vezes em galáxias distantes, mas sempre presente. E o papel do professor é dar início a essa descoberta para que então cada corpo possa dançar sua própria música.
Juliana Y
E Enquanto professor, eu também sinto, eu também vejo, observo e aprendo a linguagem de cada um e seus sotauqes mais loucos, insanos e tímidos.
Sem limitar corpos e acorrentar almas, sem faze-los corpos dóceis, arquitetados e construídos por métodos disciplinares os quais Foucault trata em Vigiar e Punir.
E esse corpo condenado cresce, mas não se desenvolver em sua forma natural e única, mas de uma forma planejada e limitada de ser, conhecer, exercer e ouvir quaisquer vontades que seu corpo lhe pede.
Mas quando esse corpo grita mais alto, quando ele suplica, implora... ele se liberta e vive, ele rí, ele chora, ele dança, sem medo e preconceitos, mas com vontades, com paixão, com loucura, sem limites e interage com outros corpos que na energia explodem e contagia.
É esse o enorme universo da dança, o qual até pensamos que não conhecemos, mas está dentro de nós... as vezes em galáxias distantes, mas sempre presente. E o papel do professor é dar início a essa descoberta para que então cada corpo possa dançar sua própria música.
Juliana Y
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
"A alma dos diferentes é feita de uma luz além.
Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os poucos capazes de os sentir e entender.
Nessas moradas estão tesouros da ternura humana dos quais só os diferentes são capazes. Não mexa com o amor de um diferente.
A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois".
(Artur da Tavola)
Sua estrela tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os poucos capazes de os sentir e entender.
Nessas moradas estão tesouros da ternura humana dos quais só os diferentes são capazes. Não mexa com o amor de um diferente.
A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois".
(Artur da Tavola)
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